por: @avasreid
Se você gosta de livros que parecem um chá escuro e fumegante em uma tarde de tempestade — com uma pitada de mistério gótico e rivalidade intelectual à la enemies-to-lovers — então prepare seu marcador de páginas, porque essa história vai te fisgar já nas primeiras linhas.
Aqui temos uma protagonista que cresceu com um pezinho no mundo das fadas e outro no caos acadêmico. Ela é daquelas que lê até as entrelinhas de um rascunho e enfrenta fantasmas com a mesma naturalidade com que encara provas finais. Quando ganha a chance de restaurar uma mansão literalmente caindo aos pedaços, ela acha que está vivendo um sonho literário. Mal sabe ela que o verdadeiro colapso está mais nos segredos escondidos entre paredes do que nos tijolos soltos.
A cereja desse bolo gótico? Um rival intelectual tão insuportável quanto intrigante — que já chega duvidando de tudo que ela ama. Ele tem a energia de quem corrige textos com raiva e toma café amargo por escolha. A tensão entre os dois é deliciosa, daquele tipo que faz você querer gritar “beijem logo!” enquanto eles discutem sobre literatura como se fosse questão de vida ou morte. E talvez seja mesmo.
No meio de investigações literárias, cartas suspeitas, e o constante risco de a casa afundar no oceano (literal e metaforicamente), surgem também temas mais profundos: trauma, sobrevivência, poder e o peso de ser ouvida num mundo que prefere silenciar. E tudo isso envolto numa estética dark academia que te faz querer colocar um suéter e acender uma vela, mesmo em pleno verão.
É uma leitura que te abraça com palavras bonitas, te assusta com sombras mágicas e depois te deixa pensando em tudo por dias. Ideal para quem ama fantasia com cérebro, coração e um toque sombrio de conto de fadas quebrado.